Primeiramente gostaríamos de compartilhar um momento marcante para a música brasileira e, especialmente, para o mercado fonográfico. Nos primeiros dias de dezembro de 2024, tivemos a honra de ser convidados pela Music Ally para participar de um importante debate sobre o comportamento e as tendências do mercado musical brasileiro, ao lado de grandes nomes como Leila Oliveira, diretora da Warner, e Roberta Pate, responsável por novos negócios do Spotify.
Como o único representante da música eletrônica brasileira nesse encontro, nosso C&O, Aaron Mello, trouxe contribuições valiosas sobre estratégias, tendências e estudos que mostram a evolução e os caminhos futuros do setor. Essa troca de ideias reforçou a relevância da cena independente brasileira e destacou o Brasil como uma força criativa no cenário global.
O mercado musical brasileiro tem se destacado como um dos mais dinâmicos e inovadores da América Latina, reunindo figuras importantes e iniciativas estratégicas que impulsionam o setor. Entre os protagonistas desse crescimento estão nomes como Aaron Mello, da DNBB Group, Leila Oliveira, presidente da Warner Music Brasil, Roberta Pate, responsável por novos negócios do Spotify no Brasil, e Roni Maltz Bin, CEO da Sua Música.
Segundo Paulo Rosa, presidente da Pro-Música, o Brasil alcançou um aumento significativo nas receitas de música gravada em 2024, com um crescimento de 21% no primeiro semestre, atingindo R$1,44 bilhão. Este avanço é quase totalmente digital, com 99,2% das receitas vindas do streaming, destacando a relevância de plataformas como Spotify, Deezer, YouTube Music e Amazon Music Unlimited.
Além disso, Sandra Jimenez, chefe de música LATAM para o YouTube, enfatiza o crescimento acelerado do streaming no Brasil, impulsionado pelo aumento no acesso a smartphones e à internet. A adesão a serviços como o Meli+ da Deezer, desenvolvido em parceria com a Mercado Livre, também tem ajudado a atrair novos usuários para modelos premium.
O cenário musical brasileiro também reflete sua rica diversidade cultural, com gêneros como sertanejo, funk carioca, forró e arrocha dominando as paradas locais. Felippe Llerena, presidente da Associação Brasileira da Música Independente (ABMI), destaca o alto engajamento nas plataformas digitais, mas aponta desafios como baixos valores de CPM e a necessidade de maior inclusão de gateways de pagamento locais.
Nomes como Pedro Sampaio, que colabora com artistas de diferentes regiões do país, exemplificam a evolução e integração da música brasileira. Por outro lado, empresas como STRM Music, citada por Aaron Mello, têm se mostrado fundamentais para o crescimento de artistas independentes, simplificando o processo de distribuição e oferecendo ferramentas promocionais.
Festivais e Colaborações Internacionais:
Festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil e Tomorrowland Brasil se consolidaram como plataformas essenciais para artistas nacionais e internacionais. Leila Oliveira, da Warner Music, ressalta a importância de colaborações entre artistas brasileiros e internacionais, como o projeto especial de Fernando & Sorocaba com artistas da Warner Nashville.
A presença de figuras-chave, como Jaime Costa, da Believe Brasil, e a atuação de agências como Greenhouse, Agência Gaudi, Milk Music e Palco Digital, reforçam o papel do marketing estratégico no fortalecimento do mercado.
Com o Brasil se posicionando como um dos maiores mercados musicais do mundo, o futuro promete avanços ainda mais expressivos, tanto no consumo interno quanto nas exportações. Este é o momento de celebrar a força criativa e a inovação do setor musical brasileiro.
Desafios e Oportunidades:
Embora o mercado esteja em crescimento, ainda há desafios, como a baixa penetração de assinaturas premium e os custos elevados de campanhas de marketing. A expansão da infraestrutura digital, combinada com iniciativas de empresas como Spotify e YouTube para converter usuários em assinantes pagos, é um passo essencial para sustentar esse crescimento.
Além disso, festivais de música como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil e Tomorrowland Brasil têm desempenhado um papel significativo em atrair audiências internacionais e consolidar o Brasil como um hub de entretenimento.
Reflexões e Colaborações Futuras:
A participação no debate promovido pela Music Ally destacou não apenas as conquistas do Brasil, mas também a necessidade de maior colaboração internacional. Iniciativas como parcerias entre artistas de diferentes regiões do país, além do uso de tecnologias inovadoras no marketing musical, são fundamentais para ampliar o alcance da música brasileira.
Sentimo-nos honrados por representar a música eletrônica e colaborar com marcas e parceiros que ajudam a construir um mercado musical mais robusto e inclusivo.
O futuro da música no Brasil é brilhante, e estamos ansiosos para continuar moldando essa história.
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